Dr. Giovani Candido – Cirurgia Geral e Ginecologia Obstetrícia em Itapecerica – MG

A esteatose hepática, ou doença hepática gordurosa, é uma condição que reflete o acúmulo excessivo de gordura no interior dos hepatócitos, as principais células do fígado. Esse processo, embora inicialmente silencioso e muitas vezes reversível, pode evoluir para quadros graves como inflamação, fibrose, cirrose e até carcinoma hepatocelular.

Neste artigo, exploraremos com profundidade todos os aspectos relevantes da esteatose hepática — desde os mecanismos fisiopatológicos até abordagens diagnósticas e terapêuticas. Nosso objetivo é fornecer um panorama completo, baseado nas mais recentes evidências científicas, para médicos, profissionais de saúde e pacientes bem informados.

1. Experiência e Formação de Alto Nível

O Dr. Giovani se formou em medicina pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) no ano de 1984 e construiu uma carreira sólida ao longo das últimas décadas.

Principais atuações médicas:

  • Cirurgião do Hospital dos Servidores Públicos (HGIP) do Estado de Minas Gerais por 20 anos.
  • Cirurgião da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais por 3 anos.
  • Cirurgião da Santa Casa de Itapecerica – MG por 35 anos.
  • Ginecologista-obstetra da Santa Casa de Itapecerica por 35 anos.
  • Ultrassonografista há mais de 30 anos.

Essa vasta experiência faz do Dr. Giovani é um profissional altamente qualificado e reconhecido na área médica.

2. Especializações Médicas

Além da formação em medicina e cirurgia, o Dr. Giovani é especialista em diversas áreas:

  • Ginecologia e Obstetrícia – RQE 16279
  • Endoscopia Digestiva – RQE 27896
  • Ultrassonografia Geral – RQE 16826
  • Acupuntura Médica – RQE 11234

Essas especializações permitem que ele ofereça um atendimento completo, unindo conhecimento técnico e visão integrativa da saúde.

3. Transição da Cirurgia para a Medicina Integrativa

Depois de quatro décadas como cirurgião, onde o foco sempre foi remover órgãos doentes, o Dr. Giovani passou a buscar uma nova abordagem para o cuidado com a saúde.

Após 10 anos de estudos na área da medicina integrativa, ele decidiu focar na promoção do equilíbrio do corpo, ajudando os pacientes a evitar doenças e fortalecer a imunidade.

O que isso significa na prática?

  • Em vez de tratar apenas os sintomas, ele busca a harmonização das funções d0o organismo.
  • A prioridade é manter o corpo equilibrado para prevenir doenças antes que elas se instalem.
  • Quando a doença já está presente, o objetivo é fortalecer o corpo para que ele reaja melhor e se recupere com mais eficiência.

Essa abordagem inovadora permite que o paciente tenha uma melhor qualidade de vida, reduzindo o impacto de doenças crônicas e melhorando o funcionamento geral do organismo.

4. Abordagem Personalizada e Humanizada

Com toda sua experiência e visão integrativa, o Dr. Giovani oferece um atendimento individualizado, levando em consideração as necessidades específicas de cada paciente.

Ele acredita que a saúde vai além do tratamento convencional e que é possível alcançar um equilíbrio duradouro por meio de ajustes na rotina, na alimentação e no estilo de vida.

Dr. Giovani José Cândido une décadas de experiência na cirurgia e ginecologia com uma abordagem inovadora da medicina integrativa

Ele não apenas trata doenças, mas busca fortalecer o organismo para prevenir problemas e melhorar a saúde como um todo.

Se você busca um atendimento humanizado, completo e com uma visão ampliada da medicina, o Dr. Giovani pode ser a escolha ideal para ajudar na sua jornada de saúde e bem-estar.

Essa vasta experiência faz do Dr. Giovani é um profissional altamente qualificado e reconhecido na área

O que é Esteatose Hepática?

A esteatose hepática é definida histologicamente pela presença de macrovesículas de gordura em mais de 5% dos hepatócitos. Essa infiltração gordurosa resulta, geralmente, de um desequilíbrio entre a captação e síntese de ácidos graxos pelo fígado e sua subsequente oxidação e exportação.

Existem duas grandes categorias:

Esteatose Hepática Alcoólica (EHA): Induzida pela toxicidade direta e metabólica do etanol e seus metabólitos no parênquima hepático.

Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA ou NAFLD): Mais prevalente, está associada a fatores metabólicos como obesidade visceral, resistência insulínica e dislipidemia.

A DHGNA representa atualmente a principal causa de doença hepática crônica no mundo ocidental, com prevalência crescente em crianças e adolescentes.

Referência: Chalasani N, Younossi Z, Lavine JE, et al. The diagnosis and management of nonalcoholic fatty liver disease: Practice Guidance from the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2018;67(1):328–357.

Fisiopatologia

A fisiopatologia da esteatose hepática é complexa e multifatorial. O modelo “dois hits” foi inicialmente proposto para explicar a progressão da doença:

Primeiro hit: Acúmulo de lipídeos no fígado (esteatose), devido à resistência à insulina, aumento da lipólise e maior influxo de ácidos graxos livres.

Segundo hit: Estresse oxidativo, inflamação, disfunção mitocondrial e apoptose celular, levando à esteato-hepatite (NASH).

Modelos mais recentes propõem um processo contínuo e multifatorial, incluindo fatores genéticos (polimorfismos no gene PNPLA3), epigenéticos, alterações na microbiota intestinal e disfunções imunológicas.

Referência: Buzzetti E, Pinzani M, Tsochatzis EA. The multiple-hit pathogenesis of non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD). Metabolism. 2016;65(8):1038–1048.

Epidemiologia

A prevalência global da esteatose hepática não alcoólica é estimada em torno de 25-30% da população geral, podendo chegar a 70-90% entre indivíduos obesos. No Brasil, estudos indicam prevalência superior a 30%, com tendência crescente.

Referência: Younossi ZM, Koenig AB, Abdelatif D, Fazel Y, Henry L, Wymer M. Global epidemiology of NAFLD—Meta-analytic assessment of prevalence, incidence, and outcomes. Hepatology. 2016;64(1):73–84.

Fatores de Risco

Síndrome metabólica: Associação com obesidade abdominal, hipertensão arterial, resistência à insulina, hiperglicemia e dislipidemia.

Diabetes Mellitus tipo 2: Cerca de 70% dos pacientes diabéticos apresentam algum grau de esteatose hepática.

Obesidade visceral: O tecido adiposo intra-abdominal atua como fonte de citocinas inflamatórias e ácidos graxos livres.

Hipotiroidismo, apneia obstrutiva do sono e SOP (síndrome dos ovários policísticos): Associadas a maior risco.

Consumo excessivo de álcool (na EHA): Mesmo doses consideradas “moderadas” podem contribuir para a progressão da esteatose em indivíduos suscetíveis.

Referência: Lonardo A, Ballestri S, Marchesini G, Angulo P, Loria P. Nonalcoholic fatty liver disease: A precursor of the metabolic syndrome. Digestive and Liver Disease. 2015;47(3):181–190.

Quadro Clínico

Grande parte dos casos é assintomática, detectada incidentalmente em exames laboratoriais ou de imagem. Quando sintomática, os principais achados são:

Fadiga crônica

Sensação de peso ou desconforto no hipocôndrio direito

Hepatomegalia

Em casos avançados: icterícia, ascite, encefalopatia hepática

Referência: Dyson JK, Anstee QM, McPherson S. Non-alcoholic fatty liver disease: A practical approach to treatment. Frontline Gastroenterol. 2014;5(4):277–286.

Diagnóstico

Exames laboratoriais:

Transaminases (ALT e AST) geralmente elevadas

Relação AST/ALT geralmente < 1

GGT e fosfatase alcalina também podem estar elevadas

Exames de imagem:

Ultrassonografia: Método de primeira linha, sensível a partir de 30% de infiltração gordurosa.

Elastografia hepática: Avalia rigidez hepática e grau de fibrose.

Ressonância magnética com espectroscopia: Quantifica gordura hepática com alta precisão.

Biópsia hepática:

Padrão ouro para diagnóstico e estadiamento da doença. Indicações incluem casos com suspeita de NASH ou fibrose avançada.

Referência: European Association for the Study of the Liver (EASL). EASL–EASD–EASO Clinical Practice Guidelines for the management of non-alcoholic fatty liver disease. J Hepatol. 2016;64(6):1388–1402.

Escore de Avaliação de Fibrose

FIB-4: Baseado em idade, TGO, TGP e plaquetas.

NAFLD Fibrosis Score (NFS): Inclui dados laboratoriais e clínicos.

Elastografia transitória (FibroScan): Técnica rápida e reprodutível para estimar a rigidez hepática.

Referência: McPherson S, Hardy T, Dufour JF, et al. Age as a confounding factor for the accurate non-invasive diagnosis of advanced NAFLD fibrosis. Am J Gastroenterol. 2017;112(5):740–751.

Complicações e Prognóstico

Progressão para NASH: Estima-se que 20 a 30% dos pacientes com DHGNA desenvolvam esteato-hepatite.

Fibrose e Cirrose: Cerca de 15 a 20% dos pacientes evoluem para fibrose significativa ou cirrose.

Carcinoma hepatocelular: Pode surgir mesmo na ausência de cirrose.

Doença cardiovascular: É a principal causa de mortalidade em pacientes com DHGNA.

Referência: Younossi ZM, Henry L. Contribution of alcoholic and nonalcoholic fatty liver disease to the burden of liver-related morbidity and mortality. Gastroenterology. 2016;150(8):1778–1785.

Tratamento

Medidas não farmacológicas (pilares fundamentais):

Perda de peso gradual: Meta de 7-10% do peso corporal em 6 a 12 meses.

Dieta mediterrânea: Rica em frutas, vegetais, peixes, azeite e oleaginosas.

Atividade física: Pelo menos 150 minutos/semana de exercício aeróbico + treino resistido.

Intervenções farmacológicas:

Sensibilizadores da insulina: Pioglitazona, metformina (com benefício modesto).

Vitamina E: Antioxidante, indicada para pacientes não diabéticos com NASH confirmada.

Emergentes: Agentes como GLP-1 agonistas (ex: semaglutida) e inibidores de SGLT2 têm mostrado potencial.

Referência: Friedman SL, Neuschwander-Tetri BA, Rinella M, Sanyal AJ. Mechanisms of NAFLD development and therapeutic strategies. Nat Med. 2018;24(7):908–922.

Abordagem Nutricional

Evitar alimentos ultraprocessados, bebidas açucaradas, carboidratos simples e frituras.

Incluir alimentos ricos em fibras solúveis (aveia, legumes, frutas), ômega-3 (peixes) e antioxidantes (chá verde, cúrcuma).

Jejum intermitente pode ser uma estratégia viável em alguns perfis.

Referência: Zelber-Sagi S, Salomone F, Mlynarsky L. Nutrition and physical activity in NAFLD: An overview of the epidemiological evidence. World J Gastroenterol. 2017;23(2):169–179.

Prevenção

Educação em saúde desde a infância

Vigilância em grupos de risco (obesos, diabéticos, dislipidêmicos)

Políticas públicas para redução do consumo de alimentos ultraprocessados

Estímulo à prática regular de atividade física na população geral

Referência: Byrne CD, Targher G. NAFLD: A multisystem disease. J Hepatol. 2015;62(1 Suppl):S47–64.

Considerações Finais

A esteatose hepática é mais do que um achado incidental. Representa uma manifestação hepática da síndrome metabólica e deve ser tratada com seriedade.

É fundamental que o profissional de saúde realize uma abordagem integrada, envolvendo equipe multiprofissional, com foco em mudanças sustentáveis no estilo de vida.

Com diagnóstico precoce, adesão terapêutica e seguimento adequado, é possível não apenas controlar, mas também reverter a doença em estágios iniciais.

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